quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dor

Toda a vez que toco no fogo
Arde-me mas não me queimo
Toda a vez que sonho à chuva
Acordo às primeiras gotas
Toda as vezes que olho pela minha janela
Vejo escuridão
Dizes que deixei o teu nome ao vento
Mentira...
...sussurei-o...
Não me senti capaz de o falar
Não porque o esqueci
Mas porque está demasiado cravado em mim
Demasiado profundo
Sinto-te rasgares a minha pele para o arrancares...
...doi...
Mas de que serve a dor a não ser para me lembrar
Lembrar que ainda estou vivo...
Lembrar que afinal a chuva molha...
Lembrar que o fogo queima...
De que vale ter o fogo
Se de cada vez que me aproximo queima...
Afinal queima...

14/12/2011

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