sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quem és tu?

Quem és tu?
Tu que me assaltas os sonhos
Assaltas as noites sem dormir
Persegues nos dias de Sol...
...nas noites de Lua...
Quem és tu?
tu que não olhas para mim,
Tu que me acordas nas noites de paz
Tu que me sussurras ao ouvido...
Quem és tu?
És a Estrela mais alta do Céu...
És a minha memória passada???
És a minha memória futura???
Quem és tu?
Não te reconheço nesta neblina
Não te reconheço mais...
...não te conheço mais...
Quem és tu?
Quem foste...
...quem serás...


25/02/2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Deixaste

Deixaste de me olhar para os olhos
Tu...
Quando mais precisava
Era a Ti que recorria
Sempre fomos cúmplices
Lembras-Te quando nos sentávamos à lareira
Bebíamos até cair...
Eras Tu Deus...
Mandaste um Anjo em tua substituição
Cumpriu o prometido,
mas abandonou-me
Deus...
...Deus...
Sinto-me só
Lavado numa chuva de fogo
Que me trespassa o coração
Onde andas?
Tu...
...Ela...
Prometeste-me...
Tudo isto para quê?
Deixaste de me olhar para os olhos
Deixaste a chuva de fogo me queimar...
Deixaste...
...Deixaste...


23/02/2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ladrão

Fui ladrão,
confesso
Roubei-te o olhar...
...o coração
Dei-te a alegria
de quem é roubado...
Deixei-me levar nas ondas do teu respirar
levar por estradas de lágrimas
terminadas em caminhos de espinhos...
Caí no fim do caminho,
espetei um espinho no coração...
Não o posso tirar senão sangro até morrer...
Se me conhecesses sabias.
Não me tentavas tirar,
beijavas-me só
unificava-mo-nos...
Fui ladrão,
confesso
Roubaste-me...
Se me conhecesses sabias...
Sabias que existes...

22/02/2010

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ode

Sinto-me bem ao respirar o ar que respiras
Pisar as pedras da calçada que pisas
Olhar para o Sol que te ilumina
Guiar-me pela Lua que me clareia
Sinto-me bem ao sentir o frio que sentes
Pisar os espinhos de um caminho de rosas
Olhar para os teus olhos
Guiar-me pelo teu respirar
Sinto-me bem ao sentir o teu coração bater ao longe
Pisar lágrimas inocentes
Olhar para um futuro
Guiar-me por um passado
Sinto-me bem porque existes
Sinto-me bem...
Cada passo teu que vejo
Desaparece numa neblina cristalizada
Cada bafo teu no meu pescoço
Desperta-me para a vida
Sinto-me bem...
...sinto-me...

14/02/2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Confundido com um fantasma

Confundido com um fantasma
Eu vagueio entre as brumas da tua memória
Busco a solidão que me acompanha nestes dias
Encontro a tua companhia no alto de uma montanha
Confuso de tal maneira que não encontro rumo
Encruzilhadas atrás de encruzilhadas
Perseguem-me por onde vou
Não sei para onde me voltar
Sem te perguntar porquê...
Passos repetidos deixam pegadas
Pegadas que os meus passos não acompanham
Não tenho forças...
...ajuda-me...
Ajuda-me a subir essa montanha
cada vez maior...
...cada vez mais longe...
Dá-me forças...
Confundido com um fantasma
Sou soprado pelo vento...
Confundido com um fantasma...
Vivo na tua memória...


05/04/2001