terça-feira, 22 de junho de 2010

Janela

Atirei todos os meus versos pela janela
Aquela janela,
nossa cúmplice.
Lembras-te?
Aquela que tem o nosso sorriso marcado no vidro
Aquela que tem as minhas lágrimas quando te ias embora
Aquela que tem gravada a tua cara.
Essa mesma janela que sempre existiu em mim
sempre olhei para ela
Cada manhã
A janela que eu olho e não te vejo
Toco-a para sentir a tua cara
Atravessa-me o calor que dela irradia
Rasga todo o caminho até ao meu coração
Impossível, dizes tu
Não é,
Antes de existires acreditava nisso...
...Agora voltei abrir a janela
Entrou o Sol,
Radiante,
Sorridente,
empurrou-me os versos para dentro de mim,
perto do coração...
...longe de tudo...



22/06/2010

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